terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Eu te orvalho, tu me orvalhas

Brugges, na Bélgica: uma cidade que é toda poesia

Poesias de Maria do Rosário Lino, em "Eu te orvalho, tu me orvalhas":

(I)

Eu-deserto decerto não ruirei.

Afinal, o que são as dunas

senão pirâmides prontas a ruir?

Eu-deserto por certo sou maior que elas.

Elas? São um monte de mim

sem amanhã.

(II)

Eu vi! Eu vi as flores

latejarem de desejo.

E antes que eu fosse o beijo

tornei-me um feixe de amores.

(...)

(III)

O ventre liso,

o corpo untado

em óleo de calêndulas.

O pêndulo suspenso

no sol.

A hera, a trepadeira.

A freira ressurge

coberta de luz.

Descobrira-se mulher

beijando-se no espelho.

3 comentários:

  1. Rô, parabéns por este canto cheio de cantos e encantos. Vá em frente e curta, sobretudo. Te amo, amiga. Abraço forte!!!

    ResponderExcluir
  2. Parabéns, Maria do Rosário. Seu poema é inspirador, invoca com bucolismo o amor à paisagem natural, o ideal da harmonia e do bem estar. Viajamos em suas letras.

    Grato pela leitura restauradora.

    ResponderExcluir
  3. Obrigada por enviar-me o link do seu blog. Parabéns pela belíssima inspiração. Quando abri a mensagem, pensei que fosse da Maria do Rosário, uma amiga minha de Teresina. Valeu muito. Quero ser sua seguidora. Para você envio também o meu link.
    http://saldateraeluzdomundo.blogspot.com/
    http://recantodasletras.uol.com.br/autores/luizaalves
    Obrigada pela atenção.
    Abraços e até a próxima.

    ResponderExcluir