domingo, 8 de maio de 2011

Poemas pelo Dia Mundial do Meio Ambiente 2011, a 5 de junho

Deus, poetizas o meu coração


E minha existência


Verdeja!


Como a princesa natureza.




(Do livro "Deus: Andai-me!")






As toras embalsamadas


da fome dos ribeirinhos


da morte de todas as tribos


ressurgirão erguidas


em novas cruzes


ou horizontalizadas


em muitos caixões.


No anonimato.




(Do livro "Abdução no ventre da luz)





A Terra, menina virgem

foi rupturizada,

em viagem-vertigem,

patrocinada forçosamente

pelo patrão.

Fora de órbita, abduzida e traumatizada,

não lhe deu filhos.

Terrificada, canibalizou-se.

Devorou o seu violentador,

vomitado atroz/mente.

Hoje, desintoxicada, feliz,

é terra

do ventre livre.

Só come o que lhe faz bem.



(Do livro "Abdução no ventre da luz")