(Poema do livro "A luz é o corpo da alma", Komedi, 2002)
O CLONE
Olho, vejo, como, durmo.
Só não há sentimentos.
Resta-me saborear a vida dos outros.
Beijos ardorosos, brigas, desentendimentos.
Paixão, não a tenho, não a sei.
Mago, o ancião me diz:
saia da sua busca,
não há espírito.
Viver sem ele é penumbra,
porque a luz é o corpo da alma.